Construir um blog educativo - com ferramentas midiáticas que aproximam educação e comunicação, em estratégias de educomunicação - é uma tarefa que exige tempo, dedicação e foco. Desta forma, um blog com finalidade educativa deve está inserido dentro de um conjunto articulado de ações que privilegiem a interação docente/discente e instituição educacional.
Superando este desafio, encontramos o sempre bem humorado Pádua Rique, professor de Matemática, que utiliza os conhecimentos informáticos para estreitar os laços entre o pensar e o fazer didático-pedagógico com a ajuda adequada dos recursos de mídia.
Conheça o blog do professor Pádua. Acesse, comente e interaja.
Um blog educativo
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
ESSE CARA NÃO SOU EU
A simples análise semântica, estilística, sintática (e outras abordagens) da recente letra Esse cara sou eu, de Roberto Carlos, revela a pobreza estética e linguística que acompanha o autor. No entanto, acima de tudo, comprova o poder do mito no inconsciente coletivo. Roberto é mais mito que cantor ou compositor. E neste jogo tem o dedo midiático. Se Roberto cantasse "Uma lata num lata.. quando as latas se batem", "sucesso" de minha irônica ausência de estilo e musicalidade, seria, sem dúvida, o sucesso do ano. Claro, a Globo iria comandar tudo. Aliás, ela pode, certo?
Faça um teste, leia a letra da citada música e, depois, analise os impactos de sua incompreensível repercussão. Para ajudar, assista ao documentário o Poder do Mito.
Confira as referências abaixo.
Letra da música: http://www.vagalume.com.br/roberto-carlos/esse-cara-sou-eu.html
Informações sobre o documentário: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_b4gZv9PIhIc/Sen6xeVk_2I/AAAAAAAAABs/45iTWL1S7qc/s400/1063148_4.jpg&imgrefurl=http://filosofiacomcafe.blogspot.com/2009/04/o-poder-do-mito-joseph-campbell.html&usg=__2rD7Kol-IuYJepzykhVS4GaPsKw=&h=400&w=312&sz=33&hl=pt-BR&start=1&zoom=1&tbnid=Ov3aAq9c6t2kfM:&tbnh=124&tbnw=97&ei=oCjHUMfZBM630AGV1IHgDA&prev=/search%3Fq%3Dpoder%2Bdo%2Bmito%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbo%3Dd%26biw%3D1342%26bih%3D628%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1
Faça um teste, leia a letra da citada música e, depois, analise os impactos de sua incompreensível repercussão. Para ajudar, assista ao documentário o Poder do Mito.
Confira as referências abaixo.
Letra da música: http://www.vagalume.com.br/roberto-carlos/esse-cara-sou-eu.html
Informações sobre o documentário: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_b4gZv9PIhIc/Sen6xeVk_2I/AAAAAAAAABs/45iTWL1S7qc/s400/1063148_4.jpg&imgrefurl=http://filosofiacomcafe.blogspot.com/2009/04/o-poder-do-mito-joseph-campbell.html&usg=__2rD7Kol-IuYJepzykhVS4GaPsKw=&h=400&w=312&sz=33&hl=pt-BR&start=1&zoom=1&tbnid=Ov3aAq9c6t2kfM:&tbnh=124&tbnw=97&ei=oCjHUMfZBM630AGV1IHgDA&prev=/search%3Fq%3Dpoder%2Bdo%2Bmito%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbo%3Dd%26biw%3D1342%26bih%3D628%26tbm%3Disch&um=1&itbs=1
Calcule as médias dos alunos com facilidade
Para facilitar o trabalho docente no final das atividades bimestrais ou do ano, estamos disponibilizando uma planilha bem fácil. Basta baixar o arquivo e fazer as alterações e usar.
Confira abaixo:
Como calcular as médias dos alunos
Confira abaixo:
Como calcular as médias dos alunos
Índia – O Buraco no Muro
ATIVIDADE PROINFO - 2012
Índia
– O Buraco no Muro
Reportagem
de Rosy O'Connor
Visitei
a Índia pela primeira vez, dois anos atrás, para dirigir um filme
sobre pobreza global. Um bilhão de pessoas vivem aqui. Uma em cada
seis pessoas do planeta. Apenas um quarto delas tem acesso à água
limpa. E metade é analfabeta.
Em
uma favela de Nova Delhi, deparei-me com uma cena incomum: um
computador encaixado em um muro! Estava cercado de crianças.
Acontece que o computador tinha sido colocado ali pela companhia que
fica ao lado: a NIIT. Embora ainda sofra de extrema pobreza, ela
também é sede de algumas firmas de alta tecnologia mais avançadas
do mercado.
Dr.
Sugata Mitra é o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento dali. Há
alguns anos, sua paixão tem sido educar crianças pobres.
-
Transpor o que vem sendo chamado de “fronteira digital”, é uma
questão importante, o que significa que todos devem ter acesso.
Em
1999, Mitra iniciou um experimento que passou a ser conhecido como:
“O Buraco no Muro”. Ele conectou um computador de alta velocidade
à internet e colocou em um muro que separa a sede de sua empresa da
favela adjacente. Então, ele observou o início de seu uso.
Crianças
curiosas foram imediatamente atraídas ao computador.
-
Quando eles perguntaram: “Podemos tocá-lo?”, eu lhes disse: “Ele
está do seu lado do muro e as regras dizem que o que estiver o seu
lado do muro pode ser tocado”. Daí eles começaram a tocá-lo. Em
questão de minutos, as crianças descobriram como apontar e
“clicar”. No final do dia, estavam navegando.
Ao
dar uma oportunidade de acesso, as crianças rapidamente aprenderam
sozinhas os rudimentos da linguagem computacional.
-
Eu aprendi sozinho. Umas crianças estavam brincando com ele, daí eu
olhei e aprendi também. (Diz o menino).
Um
garoto chamado Rogender foi o primeiro a aprender sozinho a
usar o computador.
-
Eu brinco com joguinhos, tento usar ferramentas diferentes, como a
ferramenta de desenho e entro na internet. Geralmente, entro
no “site” da Disney. Visitei um “site” de notícias,
uns dias atrás. Li sobre o Talibã e Bin-Laden. Li que
existe uma guerra entre a América e o Talibã. Também tinha
bombardeio. Eu tinha visto antes na TV, e vi as fotos dos bombardeios
no computador.
-
Ele não sabia o que era um computador. Foi o primeiro cara a saltar
através de... Acho que podemos descrever com talvez dois ou três
mil anos de História em alguns minutos.
A
auto-confiança de Rogender se firmou depois que ele aprendeu
sozinho a usar um computador.
-
O Segundo é “Good”.
-
“Good”, “Better” e “Best”.
-
“Good”, “Better” e “Best”. Muito bem!
-
Tenho observado ultimamente uma mudança muito grande nele. Ele está
se tornando bastante confiante e... Como diria?... Expressivo também.
Deposito grande esperança nessa criança.
- Qual é sua definição da Internet?
- Ele disse que é aquilo com que você pode fazer
qualquer coisa.
Quando voltei à Índia nesse ano, Mitra já
tinha replicado seu experimento em muitos outros lugares. Todas às
vezes, os resultados foram semelhantes. Em algumas horas, e sem
qualquer instrução, as crianças começaram a navegar pela
Internet. Agora, Mitra estava prestes a colocar novos
computadores em outra comunidade pobre.
- Colocamos cinco computadores aqui.
- Todos, por favor, tragam suas crianças antes ou
depois da aula. Se tiverem meninas em casa, podem trazê-las também.
- “Mexa para o lado até virar uma mão”.
- “Mexa mais um pouco”.
- “Quando virar uma mão, aperte o botão verde”.
- “O verde! O verde! O verde! O verde!”.
- “Aí! Apareceu!”
Numa sociedade em que apenas uma em cada três mulheres
sabem ler, o experimento de Mitra, é um meio para as garotas
superarem barreiras.
Uma colegial chamada Angina parecia especialmente
entusiasmada.
- “Hoje é meu primeiro dia. Quero aprender mais”.
- “O que você acha disso tudo”?
- “Acho muito legal”.
- “Legal? Como assim?”.
- “Muito, muito legal!”.
- Chegaram até inventar termos, pois ninguém lhes
ensinou os nomes. Então eles não chamam o Cursor de “Cursor”,
mas de “Suí”, a palavra em Hindi que significa “ponteiro
de relógio”. E eles não chamam o ícone de Ampulheta de
“Ampulheta”, pois eles nunca viram uma Ampulheta antes. Eles
chamam de “darmu”, que é o tambor de Shiva. E parece um
pouco mesmo.
Antes de sair da Índia, viajei com Mitra para o
sul, o Estado Rural de Maharashtra, onde ele estava instalando mais
computadores ainda.
- Esses computadores serão potentes, conectados à rede
e de uso gratuito, inteiramente gratuito, sem qualquer restrição de
uso.
- “Quantos de vocês já ouviram falar de Internet?”
- “O que é a Internet?”.
- “É usada para enviar mensagens.”
- “Você pode enviar cartas.”
- “Como?”
- “Você pode escrever no seu computador e a mensagem
chega ao computador da outra pessoa.”
- “Não quero fazer especulações sobre o que a
cultura computacional pode vir a fazer pelas crianças, mas apenas
dizer que se o ciberespaço for considerado um lugar, então há
pessoas que já estão nele, e pessoas que não estão. E parece
haver um consenso geral de que tal segregação entre “cibernético”
e “não cibernético” é nociva e poderia causar uma divisão. Se
for assim, então eu acho que o Buraco no Muro é um método para
criar uma porta, por assim dizer, através da qual, um grande número
de crianças possa irromper para essa nova conjuntura. E quando isso
ocorrer, poderemos ter mudado nossa sociedade para sempre.”
TRADUÇÃO
E LEGENDAS
Antônio
Cardoso Neto
Zaira
Geribello de Arrruda Botelho.
Assinar:
Postagens (Atom)